A história das picapes GM nacionais começa na década de 50, mais precisamente
em 1958, quando a General Motors apresenta a primeira picape fabricada no país, a
3100, produzida em São Caetano do Sul, São Paulo.
Esta picape utilizava o motor importado de seis cilidros de 3100cc, consagrado
nas picapes 3100 da década de 1950. O estilo era o mesmo dos caminhões Chevrolet
da época. Ainda no final de 1958, em dezembro, passaria a utilizar o motor 4300cc,
também de 6 cilindros em linha. Este motor inaugurava a fundição e usinagem de
motores, em São José dos Campos, São Paulo.
No
final do ano seguinte, em dezembro 1959, era lançada a perua Amazonas.
Era o primeiro veículo nacional da GM voltado para o uso como veículo de passeio.
Utilizava o mesmo chassi da 3100. A perua possuía três portas, a
do motorista e duas do lado do passageiro, além da tampa do porta-malas.
Em 1962, a picape e a perua sofriam uma discreta reestilização. A frente passava
a ter 4 faróis e a grade do motor tinha um novo formato e era pintada,
em lugar do cromado da grade anterior. A parte mecânica permanecia a mesma. Como
opcional, era oferecido o diferencial blocante, a chamada "Tração Positiva".
Em 1964, era lancada a nova picape, a C-14. Este modelo perdurou até a segunda
metade da década de 80, sem grandes alteraçoes de estilo, quando foi substituída pela
nova Série 20.
Junto com a picape, era lançada a nova perua, a C-1416, que mais tarde passou
a se chamar Veraneio. Ambas traziam uma nova suspensão dianteira independente,
com molas helicoidais. Na picape, o clássico eixo traseiro rígido com molas semi-elípticas.
Já a perua utilizava braços tensores e a barra Panhard, com molas helicoidais
também na traseira, visando um maior conforto.
No início da década de 70, a picape e a perua sofreram uma pequena reestilização,
com uma nova grade frontal e os faróis, que passaram a ser somente 2 no lugar
dos 4 originais. A mecânica permaneceu a mesma até 1979.
Neste ano, novidades. A série C-14 passa a ser denominada C-10. Em termos de
estilo, uma nova grade frontal, em plástico. O painel passa a ter um acabamento
plástico e instrumentos com uma nova grafia.
Na parte mecânica, o motor de 6 cilindros 4.1, do Opala, passa a equipar a C-10.
A nova A-10 surge com a versão a álcool desse motor, juntamente com a versão
diesel, a D-10. O motor é um Perkins Q20B4/4236, um motor desenvolvido primeiramente
para uso como motor agrícola e adaptado para o uso veicular. Nesse ano, a Veraneio
também recebe o motor diesel como opcional, assim como a versão a álcool.
Até 1985, não há novidades na linha de picapes da GM. Para 1986, surge a Série
20, com uma carroceria totalmente remodelada.
O novo modelo possui linhas mais modernas, com contornos retos e cantos arredondados.
O visual da nova frente é inspirado no Opala, assim como os faróis, que são os mesmos.
Internamente, o novo painel, envolvente, é totalmente de plástico.
As versões disponíveis são a picape de cabine simples e dupla, a Veraneio e a novíssima
Bonanza. Esta última é uma versão de chassi curto da Veraneio, com duas portas, e
o mesmo nível de acabamento e motorização.
Em 91, sai o Perkins Q20B. O novo motor é um Iochpe-Maxion S4, de 4 litros
e 4 cilindros em linha, mais leve e adequado ao uso em uma picape, tornando o
veículo mais suave. O motor S4T era opcional, oferecendo 125CV, contra
os 90CV da versão sem turbo.
Em 94 encerra-se a produção da Veraneio e da Bonanza, restando apenas as picapes
C-20 e D-20, nas versões de cabine simples e cabine dupla. O painel foi reformulado,
com os instrumentos em nova grafia.
Um novo motor, o Powertech 4.1MPFI, o mesmo utilizado no Omega e preparado pela
Lotus inglesa, traz a injeção eletrônica para a C-20. Um novo motor turbo-diesel,
o S4T-Plus, substitui o S4T, com um ganho de 15CV e 8 mkgf de torque. Freios ABS para
o eixo traseiro passam a equipar as picapes. A linha de produção é transferida para
a Argentina.
As picapes permanecem sem grandes alterações até 1997, quando deixam de ser fabricadas
para ceder espaço ao novo modelo da GM, a Silverado.
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