REPORTAGENS


S10
ENFIM, 4x4

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Três anos depois do lançamento, a Chevrolet S10 fica mais valente

Vágner Ambrósio

"Contar com tração nas quatro rodas é importantíssimo, principalmente naquelas situações em que você está praticamente isolado do mundo", diz o comerciante Marcelo Gama, que há dois anos é dono de uma S10 com tração nas rodas traseiras (4x2) e que, de vez em quando, lota seu carro de equipamentos e viaja para os lugares mais distantes do país. Convidado a experimentar a S10 4x4, aprovou a novidade de cara, ao se meter num atoleiro bravo. "O carro balançou pra lá e pra cá mas saiu fácil da lama. Senti que dá para enfrentar com firmeza os trechos ruins de qualquer estrada", conta ele, curioso em saber quanto o sistema vai pesar no preço final da picape.

Resposta: cerca de R$ 500. O que não chega a assustar, considerando-se a importância da tração integral (4x4) para os motoristas obrigados a enfrentar quilômetros e quilômetros de estradas de chão batido e que, de repente, numa emergência, podem precisar de mais força no carro. Força, aliás, foi o que não faltou à 4x4 da GM. No teste de QUATRO RODAS, na região de Santana de Parnaíba (SP), ela se portou como um verdadeiro "tratorzinho" num percurso cheio de irregularidades.

Num dos trechos mais encardidos, uma ladeira de dar medo, tentamos subir utilizando apenas a tração nas duas rodas. Depois de uma, duas, três tentativas, resolvemos acionar o sistema 4x4: pé na embreagem, um toque no botão 4Lo (que coloca em funcionamento, além da tração integral, o redutor de marchas), e pronto. Após o tranco causado pela primeira marcha, que apenas movimenta as rodas do veículo, engatamos a segunda. A S10 subiu sem tomar conhecimento do aclive e das erosões do solo, dando a impressão de ser outra. O sistema possibilitou manter a picape sempre sob controle nos declives mais acentuados, não deixando que o veículo deslanchasse. Dessa maneira, o uso do freio foi evitado, pois poderia travar as rodas, causando a perda da direção.

Equipada com motor 2.5 a diesel, a S10 só ficou devendo no perímetro urbano. Mesmo turbinada, se ressentiu da falta de potência. Ao sair de um semáforo vermelho, por exemplo, custava a embalar, dificultando ultrapassagens. Vencer as ladeiras também só era possível com marchas baixas (primeira e segunda).

Como usar o 4x4 da S10

O sistema da GM é semelhante ao da Ford F-1000: com acionamento elétrico por meio de botões no painel. O 4Hi coloca em ação simplesmente a tração integral. Isto é, distribui a força do motor para as quatro rodas. Ele é indicado para pisos com pouca aderência, cobertos por lama ou areia, por exemplo. Já o 4Lo acopla uma caixa de redução extra ao câmbio normal. As engrenagens dessa caixa extra duplicam a força das marchas. Essa opção é indicada para situações de extrema dificuldade, como atoleiros e fortes aclives.

FICHA DO CARRO
MOTOR Dianteiro, longitudinal, diesel, quatro cilindros em linha.
Diâmetro x curso 90,7 mm x 97,0 mm
Cilindrada 2505 cm3
Taxa de compressão 19,0:1
Potência 95 cv a 3800 rpm
Torque 22,4 kgfm a 1800 rpm
Potência específica 37,9 cv/litro
CARROCERIA Picape, quatro portas, cinco ocupantes
Tanque 76 litros
Caçamba 860 litros
Peso 1920 kg
Peso/potência 20,3 kg/cv
PREÇO R$ 32.580

Fonte: Quatro Rodas, ano 38, nº 451, Fevereiro/1998
Reportagem gentilmente enviada por Daniel Martinelli

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