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REPORTAGENS | ||||||||||||||||||||||||
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A S10 Blazer ficou mais ágil, potente e ganhou muito mais torque. Agora, o "sport-utility" da Chevrolet passa a contar com a esperada opção de motor V6 - Vortec, importado dos Estados Unidos - de 4.300 cc de cilindrada, que rende 180 cv de potência a 4.200 rpm. É o mais potente motor entre os veículos de passageiros nacionais atuais, superando em 74 cv o motor 2.2 (de 106 cv, derivado do Omega) que equipa as versões mais básicas da Blazer e da S10. Esse tipo de motorização estará disponível somente na versão DLX (de luxo), com preço sugerido de fábrica de R$ 39.900, cerca de R$ 5 mil acima do preço da Blazer DLX 2.2, de quatro cilindros em linha - que continua em produção. Com essas e outras mudanças, a Blazer 4.3 V6 passa a ser a versão mais completa da linha: são opcionais apenas pintura metálica/perolizada e CD Player no lugar do rádio/toca-fitas (de série). Única em seu segmento fabricada no Brasil, a Blazer, que deixa a desejar em termos de desempenho na versão com quatro cilindros, ficou bem mais rápida e veloz com o motor V6, sendo capaz de chegar aos 180 km/h de velocidade máxima e acelerar de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos, segundo a fábrica. Novo câmbio - Junto com esse motor V6, a Blazer recebeu um novo câmbio mecânico, de cinco marchas sincronizadas, com carcaça em alumínio, também importado dos Estados Unidos. Suas características são o curso curto da alavanca de marchas e engates mais macios e precisos, ao contrário do que é encontrado na maioria dos veículos derivados de utilitários. Além dos baixos níveis de ruído e vibração, outra novidade desse motor (que equipa a linha de utilitários e blazers GMC nos EUA) é o sistema de injeção eletrônica de combustível - multiponto central sequencial - denominada SCPI, que utiliza um único corpo (instalado no centro, entre os dois cabeçotes do motor V6), onde ficam agrupados os seis bicos injetores de combustível. Eles pulverizam a mistura ar/combustível em dutos individuais que levam o combustível até o coletor de admissão e daí para cada um dos cilindros. Esse propulsor se destaca também pelo elevado torque em baixa rotação: o torque máximo, de 34,7 Kgfm, já aparece nas 2.600 rpm. Um único eixo-comando de válvulas (no centro do bloco), acionado por corrente, movimenta as válvulas nos cabeçotes. Outra inovação é a presença de um eixo contra-rotativo (que gira em sentido oposto ao do virabrequim e do comando de válvulas), que tem como função diminuir as vibrações do funcionamento. Para suportar esse novo motor, a Blazer teve a suspensão dianteira recalibrada. O diâmetro da barra de torção dianteira foi aumentado, enquanto molas e amortecedores ficaram um pouco mais firmes, uma vez que o novo conjunto motor/transmissão pesa 120 kg mais que o da Blazer DLX 2.2. Por conta disso, o peso total subiu para 1.850 kg. Na parte traseira, apenas os amortecedores foram recalibrados. Essa nova distribuição de peso sobre o eixo dianteiro e as modificações na suspensão não chegaram a alterar a estabilidade e o conforto da Blazer. Apenas em pisos mais ondulados - com maior torque e grande concentração de peso na dianteira - a tendência de pular de traseira é mais pronunciada. Internamente, não houve alterações de acabamento. Mantendo o mesmo padrão de conforto, de equipamentos e de espaço de toda linha, a Blazer V6 teve sua dirigibilidade bastante melhorada com o motor de maior potência e torque. A retomada de velocidade é muito mais rápida no "sport-utility" Chevrolet com esse novo propulsor, exigindo do motorista um número menor de trocas de marchas. Conclusão - Com motor V6 - mais potente e atual - e preço abaixo dos principais "sport-utilities" importados, a Blazer nacional tem boa relação custo/benefício diante dos concorrentes. Em termos de design, luxo e acabamento, não deve nada para os utililtários esportivos estrangeiros. Pode perder um pouco para os importados em conforto devido à suspensão mais reforçada, mas ganha em resistência e pelo projeto bem adaptado para as condições nem sempre favoráveis dos pisos brasileiros. Novidades A chegada do motor V6 americano marca uma nova fase para a Chevrolet Blazer, que deve receber ainda neste ano a opção de câmbio automático, exclusivo desse tipo de motorização com seis cilindros em V. Esse mesmo propulsor vai equipar também a pickup S10 cabine estendida e, provavelmente, a versão de cabine simples. Em breve, a Blazer terá opção de sistema de freios ABS nas quatro rodas (nas versões atuais, o ABS funciona apenas nas rodas traseiras). Em 1997, segundo a fábrica, o modelo deve ganhar tração 4x4, que estará disponível também para as pickups S10. Futuramente, a Blazer também deverá ter uma versão a diesel.
Fonte: Oficina Mecânica, Ano 11, nº 118. |
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