REPORTAGENS


Apresentação
BLAZER

Acompanhando a atual tendência de estilo das peruas americanas, a Sulam lança sua versão brasileira da consagrada BLAZER reunindo conforto, agressividade e eficiência num só veículo.

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Nossa ida até a Sulam foi uma surpresa.

Um pátio enorme, repleto de automóveis de diversas marcas, incrivelmente modificados. Um verdadeiro festival de novidades. Cores ora alegres, ora discretas, grades e traseiras redesenhadas, capotas tipo Targa, conversíveis Cabriolet e outros detalhes muito distintos. Tudo lembrando um pouco as pequenas fábricas de carrocerias famosas da Europa.

Num cantinho, sob a sombra da cobertura de aço, estava a última criação da casa, em estilo e harmonia. Muita gente à sua volta, todos de macacão azul. Estopa na mão, glicerina na outra para os pneus, flanela em punhos fortes sobre a pintura reluzente, chave de fenda para reapertos do espelho retrovisor e escova no carpete. Parecia, na verdade, a sala de operações de algum cirurgião plástico famoso.

- Está pronta, puede levar.

Era a voz do Martin, com sotaque portenho abrasileirado. O homem que cuida de cada detalhe, para que o produto saia impecável. Ar de satisfeito, pai da criança, vimos o Carol Figueiredo, por um momento, franzir sua testa, torcer o nariz e descruzar os braços quando pronunciamos a palavra mágica: barro.

- Isso mesmo, vamos andar com essa maravilha no barro, na lama e atolar até as portas. Lambuzar a sua obra-prima e, além de tudo, fotografar e mostrá-la aos leitores, completamente suja.

É claro que isso era uma brincadeira, mas saímos de lá imaginando o que estariam eles pensando de nós.

No caminho pudemos entender o porquê do orgulho do pessoal que ficou para trás.

Era gostoso dirigir aquela beleza de perua. Direção hidráulica, volante esportivo de boa empunhadura, bancos anatômicos em tecido (opcional em couro) - individuais na frente e inteiriços atrás -, teto solar, console revestido com o mesmo material do estofamento, ampla visão em todas direções, super-silenciosa e macia. Conforto digno de carrões executivos. Coisa de ministro.

Daquela altura, era bom demais a gente ver todo mundo lá de cima. Nas filas de trânsito dá pra se ver o que está acontecendo lá na frente. Suspensão levantada em 6 cm, pneus Goodrich importados, largos, dando a impressão de flutuadores. Além disso, quatro colchões de ar com amortecedores calibráveis, para poder receber pneus nacionais do tipo Maggion.

No trajeto até o local onde iríamos fotografá-lo, alguns momentos foram até interessantes. Nas paradinhas para o cafezinho ou lanche, em fração de segundos lá estava a Blazer rodeada de curiosos. "É importada? Que marca é? O que é isso? Nossa!!!" - expressões de todo gênero tivemos de ouvir. Teve até um Chevette que parou do lado: desceu a família todinha, postou-se na frente da perua, e o pai da turma veio em nossa direção, com uma maquininha fotográfica em punho e teve a audácia de pedir ao nosso fotógrafo:

- Dá para o senhor bater um retrato de nós?

É natural que ela chame a atenção, comentamos entre nós.

Toda negra, com as laterais em laranja avermelhado, num incrível degradê horizontal, pára-choques envolventes, grade com quatro faróis, vidros ray-ban. Com tudo isso não dá mesmo para passar despercebido.

É mais curta entre eixos em 35 cm, toda de chapa, tampa traseira de ótimo acesso ao amplo porta-malas, estepe do lado de fora preso em suporte basculante, coisa pra ninguém botar defeito. "Aliás, tem um grande defeito: não ser nossa", comentou o fotógrafo.

Terminado nosso trabalho, fizemos um retrospecto. Primeiro, na cidade: andou muito bem; depois no asfalto: maravilha. Aí sim, começou a entrar areia, terra fofa da beira de represa: ela se comportou bem. Daí para a frente, a lama e a Blazer estava batizada. Só faltou uma traçãozinha 4x4.

Mas essa maravilha também pode pintar na sua vida.

Se você tem uma pick-up Chevrolet D10, A10 ou C10, é fácil transformá-la numa Blazer: dois milhões, oitocentos e cinqüenta mil cruzeiros, trinta dias de espera, uma ligadinha pro Nelson da Sulam, fone (11) 276-5533 e pronto!

Fonte: 4x4 & Pick Up, Ano I, nº 2, 1983.
Gentilmente cedido por Eduardo Dantas

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