REPORTAGENS


Impressões ao Dirigir
BLAZER

Conforto para americano desfrutar

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Pelo tamanho e utilização, ela é chamada de truck (caminhão, em inglês). E une o melhor de duas concepções: fôlego para resistir às piores condições de rodagem e todas as amenidades presentes em um carro de luxo. Esta é a melhor definição para a Chevrolet Blazer, cuja versão nacional chega em outubro. Para ter uma noção do que espera o comprador brasileiro, QUATRO RODAS avaliou uma americaníssima Chevrolet Blazer LT (top de linha) em Detroit, a capital automotiva do país. Foram 296 km de prazer em estradas bem pavimentadas e no trânsito urbano. Conforto - com grau de luxo digno de sedã top -, espaço para ocupantes e carga e ótimo desempenho são os trunfos do veículo.

A boa impressão começou no interior, com bancos ultracômodos revestidos de couro (o do motorista com ajustes elétricos, inclusive lombar), ar-condicionado, CD player e trio elétrico. Três pessoas viajam sem problemas no banco traseiro, e, atrás, um compartimento de carga acomoda bem a bagagem da família.

O motor Vortec V6, de 4300 cm, alimentado por injeção eletrônica single-point, gera 193 cv de potência e 39,47 kgfm de torque. Produz apenas uma sutil vibração; com os vidros fechados, nem se percebe seu ruído. O câmbio automático (quatro marchas com overdrive) no volante - ao estilo dos velhos Ford Galaxie - causou estranheza no começo: a mudança de marchas exige precisão, diferente dos câmbios no console central, que oferecem manuseio mais fácil.

Com 4,6 m de comprimento, a Blazer é grande, mas nem por isso difícil de manobrar. Direção hidráulica macia (ao gosto americano), excelente visibilidade proporcionada por bem-dimensionados retrovisores e grande área envidraçada permitem total percepção de limites, mesmo para quem não está habituado a dirigir veículos de porte. A altura do banco do motorista - tem-se a impressão de estar ao volante de um caminhão - ajuda.

Os freios a disco na dianteira e a tambor na traseira, com ABS nas quatro rodas, garantem a segurança. A tração 4x4 permite bom controle direcional em qualquer piso. A suspensão (independente na dianteira, semi-independente na traseira) transmite conforto e firmeza. Os passageiros contam com cabine reforçada por barras de aço. Para o motorista, air-bag, volante e painel que absorvem impactos. Nada mau para um modelo que custa, completo, perto de US$ 28.000. Lá nos States, é claro.

Um flagra na estrada

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A Chevrolet Blazer brasileira chega apenas em outubro. Mas já foi flagrada por nossa "câmera indiscreta", trafegando por uma estrada de São Paulo. Terá o motor 2.2 (potência de 106 cv), o painel e a frente da picape S10. E disporá de travas centrais nas quatro portas, ar-condicionado, retrovisores e vidros elétricos. Diferenças estéticas só na lanterna traseira, que, ao contrário da americana (vermelha e branca), traz lentes em vermelho, cor-de-laranja e branco. Trata-se de uma boa investida da nossa GM. Embora a fatia dos utilitários esportivos esteja apenas engatinhando por aqui, importados como Nissan Pathfinder, Mitsubishi Pajero, Toyota Hilux e Ford Explorer têm feito a festa - inclusive por falta de concorrentes nacionais. Algo que não acontece nos Estados Unidos, onde, em 1994, a participação dos sports-utilities no mercado foi de 8,67% - ou 1,33 milhão de unidades vendidas.

Fonte: Quatro Rodas, nº 422, Setembro/1995
Reportagem gentilmente enviada por Eduardo Dantas.

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